O rockpedia megafonica da semana trás a banda Vinil Laranja, no mínimo uma das bandas de rock mais importantes do Pará. Os caras já fizeram de tudo, ganharam concursos de musica, tocaram em grandes festivais pelo Brasil e até fora do país, como foi o caso do festival texano South By Southwest. Podemos falar do som dos caras? Então vamos lá.
Do Punk ao Metal
Muitos acham que o Vinil foi uma banda ligada ao cordão umbilical do Metal, mas não é bem assim. Nas primeiras gravações, a banda apresentava um Pop Punk de garagem muito interessante, forte e sujo, mas não pesado. Dessa época destaca-se So Excinting, uma balada rebelde com uma melodia linda e assobiável, que nada lembra o Leviatã Sonoro do álbum de estréia da banda.
O Queens Of The Stone Age causou mudanças no som da Vinil.
“Unfaceless” years
Digamos que a banda teve uma “revelação” ao ouvir a banda Queens Of The Stone Age (não sei dizer se sempre ouviram a banda, ou foi durante a composição das faixas de Unfaceless Bride),e é acertado dizer que o som da banda mudou. Andro e Cia acrescentaram os famigerados bemóis nos riffs das musicas, uma herança do Sabbath e do Iron Butterfly que foi magistralmente usada por Kurt Cobain no primeiro trabalho do nirvana, o seminal Bleach. Nota-se também na vinil uma leve queda ao New Metal do System Of A Down e do Korn, mais presente nos arranjos do guitarrista Saul Smith.
Nirvana na época de Bleach: Power Riffs Sabbathianos na música alternativa.
O Diferencial
Como toda banda tem suas particularidades, com a vinil não seria diferente. Na balada Woman sente-se a calmaria dos acordes cristalinos, uma anomalia no som da banda. O misto de marcha militar e pancadaria Noise Soldier, não encontra paralelo nas referencias citadas acima e o humor negro da faixa homônima do álbum (presente inclusive no videoclip onde mostra Andro vestido de noiva em um cemitério) prova a diversidade da Vinil Laranja. Agora e só ouvir e conferir.
Eis os meninos do Vinil Laranja.
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