Todas as pessoas que estavam presentes, de alguma maneira (em pessoa, pela internet, ouvindo ou vendo pela TV Cultura), puderam entender o por quê de tantas emoções.
Pois se atualmente não é fácil montar e/ou desenvolver o trabalho de uma banda, imaginem há 24 anos. Essa vontade do grande Jayme José Ferreira Pontes Neto, ou melhor, Jayme Catarro, acabou sendo transmitida para músicos, jornalistas, produtores; na verdade, para todos que fazem parte dessa cadeia produtiva.Como já disse outro ícone do Rock Paraense, Beto Fares (apresentador do programa Balanço do Rock que existe há 19 anos) "parece que o Jayme está em todos os lugares, ao mesmo tempo". Isso demonstra a preocupação de um grande cara, que, sobretudo, conhece e acredita muito bem na vitória de todos. Um dos momentos mais marcantes dessa celebração foi a participação emocionada, via telefone, da Sammliz (vocalista da banda Madame Saatan), direto de São Paulo, que conseguiu demonstrar esse sentimento, que une a todas as pessoas que têm esse desejo de dividir o talento dos músicos paraenses com o restante dos brasileiros.
Delinquentes fazendo suas versões das músicas do tributo, além de um show no Balanço do Rock

Coisa de Ninguém, fazendo a versão de "Cicatrizes da Guerra"

Ná Figueredo em entrevista para o programa
Sincera, fazendo a versão de "Vagamundo"

Aeroplano, fazendo a versão de "Um belo dia pra morrer"
Tributo Delinquentes - Faixa a Faixa (o CD inteiro pode ser baixado no Blog do Azul
1 - "Planeta dos Macacos" (Suzana Flag) - A primeira faixa do tributo já revela a importância dele para a cultura paraense. Os músicos da banda Suzana Flag recriaram esse petardo do hardcore paraense e mostraram o quanto a música dos Delinquentes está presente nos mais variados estilos. Ficou completamente radiofônica e com extrema qualidade nos arranjos.
2 - "Delinquentes" (Pro-Efx e Bruno B.O.) - Essa música é considerada por muitos como o Hino da banda Delinquentes. Pro Efx e Bruno B.O. desmembraram e remontaram todos os elementos. Tornando-a visceral com batidas eletrônicas, no melhor, estilo Ragga da Pesada.
3 - "Gueto" (DHD) - CACETADA (isso mesmo com todas as letras maiúsculas). A banda DHD conseguiu e acertou num arranjo violento. Depois de ouvir essa versão a vontade é de sair quebrando tudo. Mas além disso, eles entenderam e retransmitiram a mensagem de uma das letras mais diretas sobre as mazelas sociais da cidade de Belém, ou de qualquer grande cidade em desenvolvimento.
4 - "O Viciado" (Turbo) - ROCKÃO DE PRIMEIRA. Riffs na cara do ouvinte e interpretação contundente do grande Camillo Royale. É para escutar e sair cantando logo depois; ou no mínimo sair assobiando. Sem contar que a vontade que dá e colocar o volume no talo.
5 - "Vaga Mundo" (Sincera) - Nessa música, que foi composta por outro grande representante do Rock Paraense, Sandrão (ex-baixista da banda Delinquentes), os músicos da Sincera surpreendem, logo na primeira escutada. Pois é inacreditável como um estilo pesado e rápido como Hardcore consegue agregar elementos como o Jazz, através do trompete de Daniel de La Touche. Além disso, é vibrante a porrada sonora da Sincera.
6 - "L'uomo Delinquente" (Massa Grossa) - Músicos geniais paraenses (Pio Lobato - guitarra, Vovô - bateria, Príamo Brandão - baixo e Iva Rothe nos vocais) fizeram uma interpretação arrepiante. É sensação de tensão na voz de Iva Rothe causa calafrios. SENSACIONAL.
7 - "Um belo dia pra morrer" (Aeroplano) - O trabalho noise-guitar (Diego Fadul e Eric Alvarenga), a cozinha segurando tudo (Bruno - baixo e Felipe na bateria), e a voz de Eric relevam todos os meandros de outra letra marcante na carreira da banda Delinquentes. Parece que conseguimos visualizar a vontade de alguém perto de algo que pode mudar a vida.
8 - "Cicatrizes da Guerra" (Coisa de Ninguém) - Hardcore, xaxado, baião e outros elementos inacreditáveis. A recriação dessa música é chapante. Ouça com bastante atenção e perceba o quanto é possível fazer dentro do universo do Hardcore.
9 - "Fábrica" (ION) - Toda a frieza da música industrial. Gritos de ordem. Porrada. Bateria na velocidade máxima. Beats noiantes. Vocalizações típicas de um filme de terror.
10 - "Utopia Milenar" (Ana Clara Matos) - Para quem que já tinha ouvido de tudo nesse tributo, percebe que ainda não tinha escutado nada. Um encontro do Samba e do Hardcore. A voz doce de Ana Clara Matos é tão suave e está muito bem misturada com os acordes executados e presentes no violão de Jack Nilson (guitarrista e um dos vocalistas da banda Stereoscope).
11 - "Ídolos Mortos" (Madame Saatan) - Para fechar o tributo com chave de ouro, vem a banda Madame Saatan. Riffs rasgantes (ED Guerreiro), uma cozinha talentosa (Ícaro Suzuki - baixo e Ivan Vanzar - bateria) e a voz e interpretação sempre surpreendente de Sammliz: são os elementos dessa versão, de outro grande Hino dos Delinquentes.
P.S.: OUÇA TODAS AS VERSÕES NO TALO
Fotos por Bahrbara Andrade - Direção de Planejamento - Coletivo Megafônica
Textos por Sidney Filho - Núcleo de comunicação - Coletivo Megafônica
Um comentário:
Assisti hoje na TV. Que produção ruinzinha dessa emissora.
Só problemas com o áudio, vídeo, falta de roteiro.
Saudades da era Ney Messias - campanha de hoje #forareginalima
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