sábado, 9 de outubro de 2010

SextAS MegafônicAS

Editorial
Por Bárbara Andrade | Coletivo Megafônica

O portal de contato do coletivo Megafônica com o público frequentador dos eventos, o blog, há um tempo vem fazendo um trabalho de comunicação que passeia por vários temas da música.
Decidimos expandir, falar sobre cultura de forma mais generalizada, e ao mesmo tempo em que expandimos, contraimos. Nosso blog vai ter um dia, toda semana dedicado às mulheres.
Será um dia de falar sobre dicas femininas, mulheres que tocam, moda, cabelo, maquiagem e tudo aquilo que a maioria das mulheres gostam.
Cultura em expansão. Esse é o foco do Coletivo Megafônica a partir de outubro.
Um novo núcleo de comunicação foi construído, e assim como hoje, que será oficialmente o dia das mulheres (todas as sextas), também haverá dias de temas fixos, como as quintas do Léo Chermont.
Mas isso é papo de menino, vamos ao que interessa!

::Equipe::
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Entrevistando...
Larissa Xavier - La Orchestra Invisível

Por Júlia Mácola | Coletivo Megafônica


Larissa Xavier no Ensaio Aberto - Ná Figueiredo


Essa semana vai iniciar no blog megafônica as entrevistas de sexta-feira. Essas entrevistas vão ser sempre com mulheres ligadas ao meio musical da cena independente.

E ninguém melhor pra começar as entrevistas do que uma pessoa que há pouco tempo vem aparecendo na cena, porém já coleciona elogios pelo seu trabalho: Larrisa Xavier, vocalista, tecladista e guitarrista da banda LOI (La Orchestra Invisível).


1. Em sua opinião, qual o motivo de terem poucas mulheres na cena musical paraense?

Não sei, temos até uma tradição em ter boas interpretes, na mbp em geral, mas mulher compositora é um pouco mais raro; agora com relação ao rock ai o numero se restringe mais. É uma questão histórica até, o estilo foi basicamente “fundado” por homens, o que ocorre aqui é só um reflexo do que ocorre no mundo todo. Mas isso vem mudando com o tempo, e no Pará não é diferente tenho descoberto muitas musicistas boas por ai, e acho isso super legal.


2. Como você se sente sendo uma das poucas mulheres que tocam e cantam rock em Belém?

Ah é muito legal, tenho feito muitos amigos ultimamente, a maioria homens, e me sinto bem confortável com isso. Nunca vivi nenhuma situação de machismo ou coisa parecida; as pessoas me reconhecem como uma musicista, independente do gênero. Eu torço para que haja mais mulheres no rock aqui; mas até que e bom ser uma das poucas, me sinto meio que a última bolacha do pacote (risos).


3. Quais mulheres, na música, você mais admira?

Ah tem muitas, Bjork, PJ Harvey, Fiona Apple, Elis Regina, Joni Mitchel, Kim Gordon, Janis Joplin, Rita Lee, daqui eu curto muito a Iva Rothe.


4. Há quanto tempo você canta e toca?

Eu canto desde criança, minha mãe cantava na igreja e meu pai toca e canta também. Acho que por isso cresci com uma noção musical. Cantei em corais de criança na igreja, antes de me render ao rock and roll (risos). Quando era pequena ganhei um tecladinho, eu passava o dia todo enrolando nele. O violão eu comecei aos 14, tinha vontade de formar uma banda com uma amiga minha (a Denize), o meu pai me deu umas lições; depois fui aprendendo sozinha foi ate rápido, já que eu era bem obcecada no início.


5. Você tem preferência entre guitarra e teclado? Por quê?

Guitarra, sou uma péssima tecladista, me saio melhor na guitarra, não sou nenhum Eddie Van Halen, claro, mas ate que eu me saio bem pro rock alternativo.


6. Quais são suas influências musicais?

Tenho muitas influencias, já escutei de um tudo nessa vida, até o que eu não gosto (por osmose). É meio clichê dizer isso, mas, tudo que a gente ouve e vê acaba por nos influenciar na hora de compor. Os meus amigos me influenciam muito também. E não temo em dizer que as minhas maiores influencias musicais são masculinas: Beatles e Beach Boys (é de praxe eu citar já), gosto muito do Caetano Veloso , sou louca pelo Elliott Smith , adoro o Nick Drake , e o Beck e um dos meus artistas favoritos (#prontofalei). Mas essa questão de influencia vai mudando conforme você vai ouvindo coisas novas, o seu som vai se modificando, e acho isso o máximo.


7. Como você classifica o estilo da banda?

Rockindiealternativompbsunshinepowerpoppsychedeliclatinmusicmelodramaticrock, não saberia classificar muito bem, mas acho que é isso.


8. Você se sente livre para tratar de assuntos femininos em suas composições?

Sim, me sinto totalmente livre nas minhas composições, só não gosto de soar feminista, pois não curto esses “ismos”.


O rock inspira a moda
Por Simone Amoras | Coletivo Megafônica

O Grunge foi febre nos anos 90; a moda do jeans detonado, camisa xadrez e o tênis de lona (o trio que juntos são as peças-chave desse estilo) que surgiu priorizando o despojamento e conforto.


Kurt Cobain, o líder dos já extintos Nirvana, é o maior ícone da moda grunge, que junto a Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, eternizaram o estilo “banda de garagem”. O grunge revoluciona a moda, se apropriando de elementos que sempre foram considerados impróprios à ela.


De uns tempos pra cá o estilo grunge tem voltado para os guarda – roupas de muitas celebridades; ele aparece em peças mais fresquinhas e com mais cores como em vestidos largos e blusas. Porém adaptado para a atualidade, talvez nem mais tão despojado como costumava ser, porém ainda com aquele ar de Rock and Roll.




Este visual é muito mais descontraído que elegante, porém combinando jeans rasgado e acessórios com tachas formam um look Grunge chic, perfeito para uma balada Rocker.



“O rock faz parte da moda contemporânea”, disse o estilista Reinaldo Lourenço. E é verdade. O estilo rocker é moderno, atual e têm conquistado muitos guarda-roupas por aí, femininos então, nem se fala!


Até a próxima sexta-feira, direto de Uberlândia, Congresso Fora do Eixo!

A equipe.

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