quarta-feira, 2 de junho de 2010

Entrevista com Mini Box Lunar!!!

Conexão Vivo chegando na próxima semana, e uma das atrações interestaduais, a banda Mini Box Lunar, já começou a dar uma prévia do que anda rolando pela sua carreira em 2010 e seus planos.

Segue uma entrevista com o tecladista Otto Ramos + o horario de apresentação da banda:

Sexta, 11.06:

19h – Minibox Lunar (AP)

20h – Zarabatana Jazz convida Dayse Adário

21h – Caldo de Piaba (AC) convida Pio Lobato (PA) e Leo Chermont (PA)

22h – Sérgio Santos (MG) convida Zé Renato (MG)

23h – Floresta Sonora + Metaleiras da Amazônia + Juca Culatra (PA)
















http://www.myspace.com/miniboxlunar


1 – Venho acompanhando a trajetória da Mini Box desde o início, vi o quanto vocês cresceram em pouco tempo. Conta pra gente como foi aconteceu tudo isso, revela o segredo ?

Tem segredo não! O que acontece é que temos um planejamento permanente para a banda, vivemos um momento histórico na cultura brasileira, estamos numa encruzilhada, na fusão de um novo modelo de gestão de carreira, na qual a banda desenvolve quase tudo, iniciando numa simples pesquisa de mercado, novas tecnologias de gestão e no aprimoramento colaborativo, ou seja, ouvimos todos que se propõem a melhorar a banda (e isso acontece até com os que não participam da rede, ouvimos todo mundo) e num exemplo simples, sabemos onde a Mini Box não funciona, em que modelo de festival ela será destaque, em que casa de show funciona e etc. Recentemente vimos que não funcionamos bem em teatros, diferente de outros ambientes que nos deixa mais à vontade. Hoje temos vários cases de modelo de gestão de carreira, temos tão proximos o Macaco Bong, Teatro Mágico, Moveis Coloniais de Acajú, Porcas Borboletas, Nevilton e outras bandas que desenvolvem cases diferenciados, e na troca de tecnologia com essas bandas, a gente vem aprimorando nosso perfil, e tambem nada disse seria possível sem o CFE e a Agência Fora do Eixo, nenhuma outra entidade no Brasil reúne tantos cases assim como o CFE.

2 – Afinal de contas, qual é o som da Mini Box Lunar? Uma psicodelia retrô ou um grande brega pós-moderno?

As duas coisas e mais um monte de treco ae...rsrs...nós durante esse pouco tempo, estamos identificando o estilo como PSICODELIA AMAZÔNICA...e se algum jornalista perguntar se há outras bandas no gênero a gente responderá que sim! Temos várias bandas no Pará que se encaixam nessa como o Floresta Sonora e outras assim como Roni Moraes aqui no Amapá.

3 – Acho que geral ta sabendo que vocês tão gravando(gravaram) com o renomado produtor Miranda(o Fatto de barba branca do SBT), como aconteceu isso, como foi a experiência e como a Mini Box ganhou com tão especial presente?

Presente da Agência Fora do Eixo que apresentou a banda ao Miranda (que de chato não tem nada, é só um personagem da tv aquele jurado) que logo de cara curtiu muito a banda. Ele é muito foda mesmo, saca muito de arte, é apaixonado por pessoas que têm sua arte como melhor dádiva, é um pesquisador fantástico de bandas psicodélicas, sabe conduzir o processo de produção, nunca deixa a relação cair no mercadológico, enfim, é um momento mágico para o Mini Box Lunar, temos a tarefa de apresentar um disco fantástico e com o Miranda isso se torna muito fácil.

4 – A banda ta rodando o Brasil fazendo muitos shows, ta gravando o cd...Mas mesmo assim vai a pergunta pra saber da cabeça dos integrantes. Quais são os planos atuais da Mini Box Lunar? O que vocês vão fazer?

Terminamos uma turnê longa, são quase dois meses na estrada, passando por 12 cidades do nordeste, Montes Claros e BH em Minas, São Paulo, Bragança Paulista, Rio de Janeiro, Nova Friburgo e agora retornamos pra SP pra fazer o último show da turnê no Sesc Pompéia. Tá sendo um rolê grande fizemos muitas cidades e agora é concentrar no Festival Quebramar que será em julho em Macapá, realizar um festival maior do que foi ano passado, e isso é desafio tão sério quanto o CD. Nesse tempo, temos o Conexão Vivo em Belém (terra encantada!) com a galera da Serasgum, temos também nosso Congresso Regional com vocês do Megafônica, Itaú Rumos em Macapá, e depois sim gravar o disco que tá prontinho, pré produzido de forma carinhosa por nós, Miranda e Fabrício Nobre. Faremos sessões no Rio, São Paulo e no Poliphonic em Macapá. Trampo man, e isso é muito gostoso!

5 – Vocês conhecem a cena belenense, assim acredito. O que tem de bom a citar sobre produtoras, bandas e o Coletivo Megafônica?

Belém é muito foda! Continua como uma das cenas mais atrativas do Brasil. É uma cena conhecida na gringa, e dentro do país sempre se espera coisas boas, e de alto nível dessas "paragens" (citando a gíria cabocla). Conheço várias bandas, as produtoras cada vez mais profissionais, os festivais e festas realizadas pela Serasgum são cada vez mais luxuosas, a contribuição do Ná Figueredo ultrapassa os limites da baía do guajará, temos blogs fantásticos, gente na MTV, produtores competentes em todos os nichos relacionados à cultura, temos o grande Azul que é um puta produtor e artista polivalente que saca de quase todas funções da cadeia produtiva de música. E com um ponto Fora do Eixo, esse nível aumenta ainda mais, pois entre todos esses modelos temos o Coletivo Megafônica como um modelo colaborativo, permanente, e com umas entregas que ecoam em toda a rede. O coletivo tem apresentado um alto nível de entendimento, tem circulado bandas e produtores, além dos produtos das bandas (em todo festival que fui esse ano eu vi um cd do Vinil Laranja! isso é foda!) e do maior legado que tá se formando, que é o fator comportamental, hoje em Belém se ouve falar de economia solidaria aplicada à cultura, economia criativa e de método colaborativo. São facetas que cada vez mais se tornam "outdoor" pro resto do país, cada vez mais Belém é conhecida, e com vocês, brilha mais a face do companheirismo, do código aberto e da fusão do político com a estética, porque banda foda e produtor idem já se encontra em Belém, e aos monte.

bandas que eu curto:


Vinil Laranja, Paris Rock, The Baudaleires, Sincera, Turbo, Coletivo Radio Cipo, a extinta Filhos de Empregada, Stress, Jonhy Rock Star, Maddame Saatã, Aeroplano, Eletrola, Delinquentes, Pio Lobato, Grã Mestre Verequete, Dharma Burns, os trampos do Caco Ishak, La Orquestra Invisível (curti os videos na praça) e umas bandas pouco conhecida como Perpetual Faith, Anjos de Salém e Coisa de Ninguem.


Por Andro Baudelaire - Núcleo de Comunicação - Coletivo Megafônica

Nenhum comentário: